Safira: significado, propriedades e cuidados a ter
A safira é uma variedade azul de coríndon, cuja variedade vermelha é também bastante conhecida, o rubi.
O nome safira que conhecemos e utilizamos atualmente, vem do grego sappheiros e significa “pedra azul”.
No entanto, há quem defenda que sappheiros era utilizado para descrever a pedra lápis-lazúli, e atribuem uma origem muito mais antiga à Safira.
Em Sânscrito, (utilizado em 1500–1200 a.C.) sanipriya, significa “sagrada para Saturno“. Vem da junção de Sani “Saturno” + priyah “preciosa.”
Cor: A variedade mais conhecida é a azul, mas na realidade pode ser encontrada em várias tonalidades, incluindo: rosa, amarelo, verde, roxo e até mesmo incolor.
Locais onde se encontra: Sri Lanka, Myanmar (Birmânia), Índia, Madagáscar, Austrália e Tailândia. Também existem depósitos nos Estados Unidos e em alguns locais de África.
Chakra: Depende da cor, mas a azul está associada ao Terceiro Olho e à Garganta.
Planeta: Saturno
Mês: Setembro
Propriedades: Calma, Sabedoria, Desenvolvimento Espiritual, Intuição.
História, Mitos e Lendas
Como já vimos pela possível origem no sânscrito, a safira está presente na história da humanidade há milhares de anos.
Na antiga Pérsia, chamada de lazvard “que tem a cor do céu”, acreditava-se que a terra estava repousada numa Safira gigante, e que o seu reflexo seria responsável pela coloração do céu. Era também chamada de “olho do céu.”
Para os Gregos e Romanos, a safira era um símbolo de sabedoria e justiça, e usada como talismã de proteção contra o mal. Associada ao deus Apolo, era utilizada no Oráculo de Delfos, pois acredita-se trazer maior clareza de pensamento, intuição e desenvolvimento espiritual, melhorando assim a conexão com o Divino e ajudando a compreender melhor as profecias.
Na Idade Média, era valorizada por reis, nobres e membros do clero. Acreditava-se que a safira protegia contra a inveja, a feitiçaria e a traição. Era também vista como símbolo de autoridade e proteção celestial. Bispos usavam-na em anéis, e Reis nas suas coroas e insígnias, acreditando que a pedra simbolizava o céu e trazia proximidade com Deus.
Marco Polo, numa das suas viagens para o Sri Lanka (país este que até hoje em dia é conhecido pelas suas safiras de alta qualidade), deparou-se com uma abundância de Safiras. Esta descoberta é mencionada no seu Livro das Maravilhas do Mundo, publicado no final do século XIII.
Durante o Renascimento e nos séculos seguintes, a safira continuou associada ao poder, à nobreza e passou a ser também ligada ao amor verdadeiro. Era considerada uma pedra de lealdade, muitas vezes oferecida em alianças e joias de casamento.
O anel de noivado da Princesa Diana, é composto por uma safira azul rodeada de diamantes, que reforçou o seu simbolismo de amor e realeza.
Hoje em dia, para além da sua beleza inconfundível, a safira continua a ser valorizada pelas suas propriedades energéticas. É considerada uma pedra de sabedoria, clareza e proteção espiritual.
Como se forma a Safira
Embora a variedade do coríndon mais conhecida seja a safira, de cor azul, este cristal pode ser encontrada em várias cores, como rosa, amarela, verde e até violeta.
A variedade vermelha é também bastante conhecida, que é o rubi.
A cor azul deve-se à presença de pequenas quantidades de titânio e ferro. Outras tonalidades resultam de diferentes impurezas presentes durante a cristalização.
As safiras formam-se em grande profundidade e em condições de alta pressão e temperatura. Muitas vezes são encontradas em depósitos aluviais, já que a sua dureza permite que resistam ao desgaste e se acumulem em rios e cascalheiras.
Algumas apresentam ainda o fenómeno do asterismo, revelando uma estrela cintilante na sua superfície, conhecidas como Safiras Estrela. A Estrela da Índia, por exemplo, é uma das maiores safiras do mundo que exibe este fenómeno, pesando 563.35 quilates.
Significado e Propriedades da Safira
A safira é uma pedra de sabedoria, calma, proteção psíquica e desenvolvimento espiritual.
Ajuda a acalmar a mente e a libertá-la de pensamentos indesejados.
Promove o equilíbrio entre o corpo físico, mental e espiritual. Inspira paz, tranquilidade e serenidade.
É também um excelente auxiliar de desenvolvimento espiritual e promove o desenvolvimento da nossa intuição.
Como vimos acima, ao longo da história que a safira é usada como pedra de proteção. Afasta energias negativas indesejadas e protege-nos contra a influência de terceiros, em particular de ataques psíquicos.
Cuidados a ter com a Safira
A safira tem uma dureza de 9 na escala de Mohs, cujo máximo é 10. Isso torna-a uma das pedras mais resistentes do mundo, ficando apenas atrás do diamante.
Pode ser limpa energeticamente com qualquer método, incluindo os que utilizam água. No entanto, tal como com qualquer cristal, recomenda-se evitar o contacto com produtos químicos agressivos.
Em relação à energização, pode ser exposta tanto à luz solar como à luz da lua. No entanto, quanto mais clara e cristalina for a safira, mais potencial tem para perder a cor ao longo do tempo. Assim sendo, recomendamos não a expor ao sol por longos períodos de tempo.
Se quiser ler mais sobre a limpeza energética e energização dos cristais, leia este post.
Como utilizar a Safira
Existem várias formas de usar cristais no nosso dia a dia. A melhor maneira de beneficiar das suas propriedades energéticas é mantê-los o mais próximo possível do corpo.
Pode, por exemplo, levar um cristal no bolso, utilizá-lo durante uma meditação ou aplicá-lo diretamente sobre o chakra correspondente — como o coração ou o plexo solar. No entanto, a forma mais tradicional de usar as pedras de nascimento é em joias ou bijuterias.
Ao longo dos séculos, muitas culturas adotaram o uso da pedra de nascimento como amuleto de sorte, proteção e equilíbrio energético. Pode escolher usar a pedra associada ao seu mês de nascimento ou a pedra correspondente ao mês atual.
A Safira é a pedra das pessoas nascidas no mês de Setembro. Caso queira ler mais sobre as pedras de nascimento, veja este post.
